O dólar americano registrou um ganho modesto ontem frente a uma cesta de ativos de risco. Esse movimento foi impulsionado por dados divulgados pelo Federal Reserve Bank de Nova York, que mostraram que as expectativas de inflação dos consumidores nos EUA permaneceram estáveis em novembro, enquanto as percepções sobre as perspectivas de emprego apresentaram melhora.

De acordo com a Pesquisa Mensal de Expectativas do Consumidor do Fed de Nova York, a inflação esperada para os próximos 12 meses manteve-se praticamente inalterada em 3,2%. Já as expectativas de inflação para os horizontes de três e cinco anos permaneceram estáveis em 3%. Além disso, a probabilidade percebida de perda de emprego recuou para 13,8%, marcando o nível mais baixo do ano.

O otimismo dos consumidores parece ser sustentado por um mercado de trabalho ainda robusto e por preços relativamente estáveis de bens e serviços. A redução das preocupações com a perda do emprego, registrada na pesquisa, sugere uma confiança contínua na estabilidade econômica no curto prazo. Em conjunto, esses fatores contribuem para a manutenção do consumo, um dos principais motores do crescimento econômico.

No entanto, apesar desse otimismo, ainda persiste certa cautela em relação às perspectivas econômicas de longo prazo. A inflação esperada para três e cinco anos, embora estável, ainda reflete preocupações estruturais com a estabilidade dos preços. Diante disso, o Federal Reserve deverá continuar monitorando esses indicadores de perto, a fim de ajustar sua política monetária de forma eficaz.

Vale destacar que as expectativas dos consumidores são dinâmicas e influenciadas por diversos fatores, como o cenário geopolítico, mudanças na política governamental e choques econômicos inesperados. Portanto, os resultados da pesquisa devem ser analisados dentro de um contexto macroeconômico mais amplo, e não como uma previsão definitiva.

Amanhã, após sua reunião de dois dias, a expectativa é que a Reserva Federal reduza a taxa básica de juros pela terceira vez consecutiva, como forma de se resguardar contra uma possível deterioração do mercado de trabalho. Ainda assim, alguns dirigentes já manifestaram preocupação de que a nova política tarifária de Trump possa provocar pressões inflacionárias no longo prazo.

A pesquisa do Federal Reserve Bank de Nova York mostrou que, em novembro, os consumidores estavam mais otimistas em relação ao mercado de trabalho do que no mês anterior, reduzindo a percepção de risco de desemprego no horizonte de um ano e relatando maiores chances de recolocação em caso de perda do emprego. No entanto, considerando que as perspectivas de emprego ainda são piores do que no ano passado e que a inflação permanece elevada, um número crescente de famílias vem relatando deterioração da situação financeira pessoal. A parcela dos entrevistados que afirmaram que suas condições financeiras pioraram em relação ao ano anterior subiu para 39%, o nível mais alto em dois anos.

Do ponto de vista técnico do EUR/USD, os compradores agora precisam se concentrar na reconquista do nível de 1,1650. Caso isso ocorra, o próximo alvo será o teste em 1,1680. A partir daí, o par poderá mirar 1,1705, embora esse avanço sem o apoio de grandes players possa se mostrar difícil. O alvo mais distante permanece no topo em 1,1725.

Caso o par recue, espero atuação relevante de compradores institucionais na região de 1,1625. Se não houver reação nesse nível, pode ser mais prudente aguardar uma nova mínima em 1,1590 ou buscar oportunidades de compra a partir de 1,1570.

O quadro técnico atual do GBP/USD, os compradores precisam retomar a resistência mais próxima em 1,3350. Somente acima desse nível o par poderá mirar 1,3380, cuja quebra tende a ser bastante desafiadora. O alvo mais distante está na região de 1,3415.

Se o par recuar, os vendedores tentarão assumir o controle em 1,3310. Caso esse nível seja rompido, o movimento poderá causar danos significativos às posições de compras, empurrando o par inicialmente para 1,3270, com potencial de extensão até 1,3240.